Perguntam-me às vezes:

 

 - “Deve ser muito bom pintar, não é?“

 - “Claro que é maravilhoso pintar“ - respondo entusiasmada!

 

E então poderemos começar a divagar sobre o que será a cultura, o que será a arte, o que representam, que importância têm.

 

Serão a nossa base de sustentação? Serão a representação daquilo que o ser humano é no seu íntimo, no seu essencial, no seu todo?

Sem dúvida, estou certa de que sim.

 

Escrever, compor, tocar, cantar, dançar, pintar... são sempre declarações da nossa complexidade, da amálgama de sentimentos e emoções que nos compõem, unem e diferenciam.

 

Quando desenho ou pinto viajo desde aqui até ao horizonte ou para lá dele.

 

Pacifica-me, tranquiliza-me e no final, que é sempre difícil de atingir, contemplo e evaporo-me!

 

Se ao olhar aquilo que eu pinto o observador sentir alguma perturbação e algum tipo de prazer, fico feliz.

 

Helena Jalles

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